Uma reunião histórica de três dias entre o presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, e da Coréia do Norte, Kim Jong-il, firmou um acordo de reconciliação permanente e pela aproximação econômica entre os dois países.
O documento de oito pontos estipula que "O sul e o norte compartilham da opinião de que devem encerrar o atual sistema de armistício e criar um sistema permanente de paz". Existem cerca de dois milhões de soldados na fronteira entre os dois países. As negociações pretendem também iniciar um processo de acordo de paz com a participação de outros países, como EUA e China. Pela primeira vez em 50 anos trens de carga poderão funcionar entre os dois países.
A Coréia do Norte firmou também acordos sobre o cancelamento de seu programa nuclear. Em reunião com a China, EUA, Japão, Rússia e Coréia do Sul, o País se comprometeu em desativar seu principal reator nuclear, em Yongbyon, em troca de benefícios econômicos e da retirada da lista inventada pelos EUA de países que promovem o terrorismo. Até antes da invasão do Iraque, em 2003, Coréia do Norte e Irã faziam parte do chamado “Eixo do Mal”.
Até no ano anterior, a Coréia do Norte era um dos alvos de ataque militar dos EUA devido a um teste nuclear realizado por Pyongyang. Naquele momento, meados de outubro de 2006, China e Rússia haviam se posicionado contrários a uma intervenção militar, obrigando os EUA a retirar sua proposta em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. O acordo entre as duas coréias foi intermediado pelos EUA, o maior interessado em controlar a crise geral do capitalismo.
Após a Coréia do Norte ter realizado seu teste nuclear, a ONU aprovou uma série de sanções contra o País, não pela garantia da fictícia “paz mundial”, mas pela estabilização política na região.
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